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sexta-feira, 24 de junho de 2011

As maneiras de evitar a surdez

O cotidiano, abarrotado de estímulos sonoros e ruídos, está detonando a nossa audição, num processo que não tem volta. Os grandes agressores não dão trégua – e a gente é que precisa aprender a se proteger dos barulhos que sabotam a saúde e a qualidade de vida




Não estranhe se, no próximo dia 27, uma quarta-feira, as pessoas a seu lado fizerem um minuto de silêncio, entre 14h25 e 14h26. Mesmo as teclas do computador deverão ficar caladas. O vazio sonoro acontecerá no mundo inteiro, em sinal de protesto contra os perigos do barulho. Em todo o planeta, 120 milhões já estão com a audição afetada pela exposição a ruídos intensos e podem caminhar para a surdez, já que as células do ouvido não têm  capacidade de se regenerar. Aproveite esse inesperado minuto de meditação para perceber que há uma fábrica de surdez em operação – e nós estamos dentro dela.
Buzinas, shows, bares, praças de alimentação e festas infantis aumentam a incidência de problemas auditivos, em idades cada vez mais precoces. “O barulho ameaça a audição, a saúde, a aprendizagem e o comportamento”, afirma Nancy Nadler, porta-voz do Center for Hearing and Communication (CHC), responsável pela instituição do Dia Internacional da Conscientização sobre o Ruído. O movimento, que recebe apoio de entidades e especialistas brasileiros, também pretende estimular atitudes para viver em ambientes mais silenciosos. No nosso país, os jovens e os usuários regulares de aparelhos de MP3 e MP4 são o principal alvo da atual campanha da Sociedade Brasileira de Otologia para Prevenção da Surdez. Uma pesquisa foi realizada com 133 frequentadores do Parque Ibirapuera, em São Paulo, em novembro de 2009. 
Segundo o presidente da instituição, o otorrinolaringologista Silvio Caldas, ela revelou que 36% ouviam música num volume acima de 85 decibéis, o limite seguro. Quando eles estão fora do parque, que é cheio de árvores e tem um lago tranquilo, a situação se agrava. “Os usuários dos tocadores sobem o volume para encobrir os ruídos da rua ou da academia de ginástica”, alerta a otorrinolaringologista Mara Gândara, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Ela já começa a observar as consequências: “ Há adolescentes com lesão auditiva semelhante à de um serralheiro que trabalha há 15 anos sem proteção”.

Por Cristina Nabuco
Fonte: Claudia



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