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Linguagem: quando é preciso consultar um fonoaudiólogo?

Especialistas explicam quais sinais indicam atrasos na fala A maior parte das crianças começa a falar por volta dos 12 meses....

terça-feira, 31 de julho de 2012

Amamentar faz bem à mulher após o parto


Amamentação estimula a formação de hormônios, que agilizam o retorno do corpo ao normal


Todo mundo sabe que o leite materno é o melhor e mais completo alimento para o bebê dos primeiros minutos de nascimento até, pelo menos, os seis primeiros meses de vida de forma exclusiva. Após esse período, até os quatro anos, pode-se manter a amamentação associada a outros alimentos.

O leite materno supre as necessidades de nutrientes da criança, ajuda a prevenir contra doenças, é natural, é prático, não custa nada, está sempre na temperatura adequada e pronto para ser consumido.

Embora se fale muito nas vantagens do aleitamento para o bebê, é preciso lembrar os benefícios da amamentação para a mãe. Além de reforçar os laços afetivos com a criança, o ato de oferecer o peito faz muito bem para a saúde da mulher.

"Quando a mulher amamenta, o organismo produz uma quantidade maior de hormônios, entre eles a ocitocina, que auxiliam o corpo a voltar ao normal mais rapidamente", explicou Dilma Carvalho, pediatra da Santa Casa de Maceió.

A amamentação ajuda a reduzir o sangramento após o parto, fazendo com o útero volte ao tamanho normal mais rapidamente. Durante a mamada é normal sentir cólicas.

Pouca gente sabe, mas a amamentação também acaba sendo vista como um método anticoncepcional, reduzindo em 80% as chances de engravidar. Os hormônios freiam o processo de ovulação, evitando que a mulher fique fértil e menstrue. Outro efeito positivo é que, sem a menstruação, reduz-se os efeitos da anemia, oriundos com a perda de sangue durante o parto.

"A amamentação reduz ainda a incidência de doenças como câncer de mama e de ovário. Quanto mais tempo amamentando melhor para a mãe", acrescentou a pediatra Dilma Carvalho.

Ascom Santa Casa de Maceió
Fonte Site primeiraedição

De 01 a 08 de Agosto: Semana Mundial da Amamentação!

Marcos do desenvolvimento: Compreensão de palavras, comportamentos e conceitos



Compreensão de palavras, comportamentos e conceitos
Recém-nascidos são como estrangeiros que acabaram de chegar ao país: não falam nossa língua nem entendem direito o que estamos dizendo. Mas eles aprendem rápido. Pesquisas mostram que os bebês começam a ouvir a voz dos pais já no útero. Quando nascem, começam a prestar atenção nas palavras e nos padrões das frases para descobrir o que as pessoas estão dizendo. Também usam seu poder de observação para aprender coisas mais complexas sobre o mundo físico e emocional, como amor, confiança, tempo e o fenômeno de causa e efeito.

Quando se desenvolve
Seu filho começa a tentar entender o que os outros estão falando e fazendo mesmo quando ainda está na barriga. No começo, ele não sabe o significado das palavras que você usa, mas capta suas emoções (como amor, preocupação, ansiedade e raiva). Quando chega aos 4 meses, reconhece seu próprio nome, e entre os 8 e os 12 meses já entende ordens simples, como "Não" e "Tira a mão". Depois dos 2 anos de idade começa a conseguir cumprir determinações em duas etapas, como "Vá até a cozinha e pegue seu sapato". Aos 3 anos, ele terá um vocabulário de algumas centenas de palavras e uma boa idéia dos aspectos mais complicados do cotidiano, como as tarefas básicas de comprar e fazer comida, trabalhar, limpar a casa, além de certa noção de horário.

Como se desenvolve
Recém-nascido a 1 mês

A cada minuto que passam acordados, os bebês absorvem informação sobre o mundo à sua volta, empregando os sentidos para descobrir o que está acontecendo no ambiente em que vivem. Não possuem os dados que os adultos e as crianças mais velhas costumam usar para entender as coisas. Muitos especialistas afirmam que os bebês entendem bem mais do que os pais imaginam.

Os bebês mantêm uma sintonia emocional com as pessoas que os cercam, pois essa é uma de suas armas para sobreviver. Por isso, percebem o que você está sentindo e pensando pelo tom da sua voz, pelo movimento da sua boca, pelo ritmo da sua respiração, pela sua pele e até pelo brilho no seu olhar. Seu filho cria uma versão da realidade a partir do modo como você responde a ele -- quando ele chora, você o conforta; quando ele tem fome, você o alimenta. À medida que a coordenação motora do bebê se aperfeiçoa, que sua memória fica mais aguçada, que ele consegue manter a concentração por mais tempo e que suas habilidades sociais ficam mais refinadas, ele também entende melhor as coisas.

De 2 a 3 meses

Seu bebê continua a absorver todas as informações que o cercam. Sua atividade favorita é observar o que acontece em seu ambiente, e agora ele já entende que você o acalma, o alimenta e brinca com ele sempre que ele precisa de você. O primeiro sorriso de verdade aparece nessa fase, e ele percebe que é uma maneira de demonstrar a você que ele está satisfeito. Ele vai gostar da reação que provoca ao sorrir. Com 3 meses, ele não só vai sorrir como vai começar a emitir sons, dando início a uma forma de conversa primitiva com você.

De 4 a 7 meses

A criança passa a saber seu próprio nome e a entender quando está sendo chamada. Talvez até responda, virando-se para você. Também está mais sintonizada com o tom da sua voz. Quando sua fala é amistosa, ela reage com alegria, mas, se você fala sério demais, pode até chorar. Está começando a perceber a diferença entre os estranhos e os rostos conhecidos, e talvez chore se for para o colo de alguém que não reconheça.

De 8 a 12 meses

Seu bebê está começando a entender ordens simples. Se você disser "Não" quando ele tentar pôr a mão na tomada, por exemplo, ele vai parar e olhar para você -- talvez até balance a cabeça fazendo "não". Também está testando sua reação ao que ele faz. Pode jogar a comida no chão só para ver o que você vai fazer, e depois guarda sua reação na memória. Mais tarde ele fará novos testes, para ver se você reage do mesmo jeito.

De 1 ano a 1 ano e meio

Com 1 ano e meio, seu bebê provavelmente já é capaz de entender e usar pelo menos 50 palavras. E conseguirá seguir instruções, mesmo que elas envolvam duas ações -- por exemplo: "Recolha os bloquinhos e ponha na caixa".

De 1 ano e meio a 2 anos

Seu filho começa a compreender que as necessidades dele nem sempre combinam com as suas. Vai tentar se impor -- cruzando os braços decidido quando você tentar dar a mão para ele, por exemplo. Também passa a entender conceitos como espaço e dimensão. Provavelmente já consegue montar um quebra-cabeça simples, e sabe a diferença entre um triângulo e um quadrado, sendo capaz de encaixá-los numa forma vazada.

Também está entendendo o fenômeno de causa e efeito -- sabe que quando aperta a barriga do bichinho de pelúcia, por exemplo, ele toca música.

Essa nova habilidade será bem útil quando ele estiver pronto para largar a fralda (o que ainda deve demorar mais alguns meses).

De 2 a 3 anos

Nessa fase seu filho já entende bastante bem a língua. Especialistas em desenvolvimento afirmam que a maioria das crianças de 2 anos compreende no mínimo 150 palavras, e que dez novas palavras são acrescentadas todo dia ao seu vocabulário. Como a aquisição da linguagem virou uma coisa natural para ele, seu filho pode agora se concentrar em conceitos mais complexos, que envolvam as emoções.

Entre os 2 e 3 anos, a criança passa a compreender os elementos básicos que compõem os relacionamentos: amor e confiança. Ele sabe que você e o resto da família cuidam dele e que estão ao lado dele. Apreendeu esses conceitos tão importantes pela maneira como você o tratou nos primeiros anos de vida. O fato de você ter cercado seu filho de carinho, atendido a suas necessidades e zelado por sua segurança o ajudou a se tornar uma criança confiante e otimista.

Ele está começando a entender aspectos mais complicados da vida cotidiana, só de assistir ao que você faz no dia-a-dia. Além disso, percebe como deve tratar as outras pessoas (também ao observar suas atitudes). O modo mais fácil de garantir que ele se torne uma pessoa solidária e íntegra é prestar atenção no modo como você trata os outros -- especialmente seu próprio filho.

O que vem pela frente
O número de palavras que seu filho é capaz de entender aumenta rápido. Aos 6 anos, a maioria das crianças tem um vocabulário de quase 13 mil palavras. Nos próximos anos, ele vai começar a compreender situações e idéias cada vez mais complexas, como os princípios da matemática, distinguir o certo do errado e conceitos como o futuro.

O que você pode fazer
Se você conversar e ler para o seu filho, vai ajudá-lo a adquirir bons recursos de comunicação. Em geral, a compreensão da palavra vem antes de a criança ser capaz de pronunciá-la.

Brincar com a criança a ajuda a aprender sobre como funciona o mundo. Desafie-a com brinquedos adequados à sua faixa etária e com jogos que estimulem seu desenvolvimento físico e mental. Aproveite-se da curiosidade dela para mostrar que aprender é prazeroso, bom e gostoso. Gostar de aprender só vai fazer bem para ela.

Demonstrar afeto pela criança é a melhor maneira de ensiná-la da importância de conceitos emocionais como a empatia.

Quando se preocupar
Se, com 3 anos, seu filho parece ter dificuldade para entender as instruções e sugestões mais simples, fale com o pediatra. Outro motivo para conversar com ele é se a criança ficar genuinamente perplexa quando você lhe pede que faça alguma tarefa simples. Se você tiver mostrado inúmeras vezes ao seu filho como se abre uma caixa, mas mesmo assim ele não conseguir entender o que deve fazer, por exemplo, ele pode estar com algum tipo de atraso cognitivo.

Fonte Site BabyCenter Brasil

domingo, 22 de julho de 2012

Gagueira: quando é um problema e como tratar?

Até os 5 anos, a repetição de sílabas e palavras é comum, mas depois pode ser um sintoma de gagueira. Saiba o que fazer para ajudar seu filho


 Cada criança tem seu tempo para desenvolver a fala. E, em média aos 3 anos, ela já conversa sem grandes problemas de vocabulário. Mas há aquelas que por volta dessa mesma idade apresentam distúrbio de fluência, com repetições (ca-casa), alongamentos (sssssapo) ou bloqueios de sons ou sílabas - é a gagueira, também chamada de disfluência fisiológica. Nesta fase, é comum que os pensamentos sejam mais rápidos do que a capacidade de falar, por isso a criança repete sílabas e palavras.

A tendência é que esse desvio desapareça até os 5 anos, mas você pode ajudar. Ouça seu filho com calma e paciência, sem chamar a atenção para este comportamento ou pedir para ele falar mais devagar - isso só vai fazer com que ele se senta inadequado e ache que está com algum problema. Só é caso de tratamento se a criança ainda gaguejar com cerca de 5 anos, quando é preciso fazer terapia com um fonoaudiólogo especializado no assunto.

Diagnóstico e tratamento

A gagueira é um distúrbio com base neurológica. Ou seja, o cérebro tem dificuldade de controlar os movimentos automáticos da fala espontânea. “Ela é involuntária. A pessoa não gagueja porque quer ou porque não tem força de vontade para controlar sua fala”, diz Ignês Maia Ribeiro, fonoaudióloga e presidente do Instituto Brasileiro de Fluência (IBF). E há influência da genética. Cerca de 55% das pessoas que gaguejam têm alguém da família com gagueira. Porém, mesmo com essa herança ela pode ou não se manifestar.

Com diagnóstico muitas vezes negligenciado, segundo a especialista, há pais que não tomam nenhuma atitude quando percebem que o filho é gago, por achar que o problema vai se resolver com o tempo, ou ainda pressionam a criança para que fale sem gaguejar. Isso pode piorar a situação. Há mitos que precisam ser derrubados: insegurança, timidez, nervosismo ou ansiedade não causam gagueira.

Identificar quando o filho tem problema de fala é fácil. “Repetições, alongamentos e bloqueios são perceptíveis, principalmente se vêm acompanhados de falta de sincronia com a respiração, ou com movimentos faciais que mostrem esforço na produção dos sons da fala”, diz Ignês.

De acordo com a fonoaudióloga, tratar a gagueira assim que a criança começa a apresentar o distúrbio permite 98% a 100% de recuperação. Procurar o quanto antes um profissional especializado em distúrbios da fluência, que vai traçar o tratamento dependendo de cada caso, evita que a criança tenha de enfrentar o preconceito que existe até hoje.
Site: Revista Crescer
Por Ana Paula Pontes e Fernanda Carpegiani

Meu filho precisa de fono?

Você vai achar lindo quando ele (finalmente!) balbuciar os primeiros sons. E logo... pode começar a apontar sem dizer nada, falar errado, gaguejar. Descubra aqui o que é normal e quando procurar um especialista


Toda criança precisa ir ao fonoaudiólogo?

Não. A consulta deve ser marcada se o seu filho apresentar alguma alteração ou atraso na fala que não seja esperado para a faixa etária dele. E não existem dados nacionais, mas estima-se que 5% das crianças vão ter algum tipo de dificuldade. O alerta de que haja um problema, em geral, vem do pediatra ou da escola. “Mas sempre que os pais suspeitarem de alterações devem procurar orientação do médico que acompanha a criança. E, em todas as consultas, o progresso da linguagem é avaliado”, afirma Sylvio Renan Monteiro de Barros, pediatra clínico e membro da Sociedade Brasileira de Pediatria. Uma pesquisa norte-americana, feita com 88 crianças durante 20 anos, comparou esse processo de aquisição da linguagem a um passeio de montanha-russa: até chegar a fluência, elas vão adotando e abandonando padrões de fala, como trocar fonemas (o nome que se dá ao som das letras) e omitir sons. O que isso significa? Que seu filho pode apresentar alguns problemas enquanto está aprendendo a se comunicar, mas que a maioria vai desaparecer naturalmente até os 5 anos.

Quais são os problemas de fala mais comuns e quando aparecem?

O primeiro que pode surgir é o atraso no início da fala, que é percebido quando a criança articula pouco ou quase nada aos 2 anos, idade em que deveria conseguir se comunicar com frases simples, como “me dá.” Se isso não acontece, é preciso marcar uma consulta com o fonoaudiólogo. Aos 3, acontecem as trocas de fonemas, mas isso não é necessariamente um problema. Vai depender da substituição que ele faz e da etapa em que isso acontece. Por exemplo, nessa idade é comum a criança “comer” o R (em vez de falar preto, dizer “peto”), e nem por isso é preciso procurar um especialista. De 2 a 4 anos, seu filho pode começar a repetir as palavras ou as sílabas, caso conhecido, na linguagem médica, de disfluência fisiológica. Diferentemente da gagueira (um distúrbio neurobiológico, que tem início por volta dos 5 anos e que exige tratamento especializado), essa disfluência dura cerca de seis a dez semanas e acontece porque os pensamentos da criança são mais rápidos do que a capacidade de falar, causando a repetição. E você pode ajudar. Ouça seu filho com calma e paciência, sem chamar a atenção para esse comportamento ou pedir para ele falar mais devagar – isso só vai fazê-lo se sentir inadequado. Lembre-se de que até os 5, a criança deve falar todos os sons corretamente – essa regra não vale para prematuros que, em geral, têm mais chances de sofrer atrasos no desenvolvimento. Se perceber algo diferente, procure um especialista.

Que outros fatores podem prejudicar o desenvolvimento da fala?

Problemas auditivos, neurológicos ou respiratórios, e até fatores ambientais, como falta de estímulo. Desses, os de audição são os mais comuns. “A criança que ouve pouco, balbucia pouco. Ou seja, vai ter dificuldade para aprender a falar”, diz Ignês Maia Ribeiro, diretora educacional do Instituto Brasileiro de Fluência (SP). Por isso é importante que o recém-nascido faça o teste de triagem auditiva (teste da orelhinha), gratuito e obrigatório desde 2010. Ele é realizado ainda na maternidade e avalia se o bebê tem alguma dificuldade para ouvir. Já as crianças com deficiência neurológica (inclusive as portadoras de síndromes, como a de Down) precisam de atenção especial: a maioria vai ter atraso no desenvolvimento da linguagem. Outro fator importante é a respiração. As que possuem problemas crônicos, como rinite alérgica, têm mais chances de apresentar alterações na fala pois respiram pela boca. “Isso afeta todo o processo de postura da língua e posicionamento dos dentes, o que colabora para as alterações aparecerem”, afirma Cássia Telles, fonoaudióloga do Hospital Pequeno Príncipe (PR).

Uma vez que a dificuldade foi constatada, devo ir logo ao especialista?

Sim. É importante que o fonoaudiólogo faça uma avaliação rapidamente. Mas diagnosticar o problema, em alguns casos, não significa que o tratamento vai ser iniciado naquele momento. “Quando a criança vai para a escola, é exposta ao ambiente social e percebe que sua fala está errada. Muitas vezes, essa é a hora mais adequada de interferir, pois ela fica consciente do problema e disposta a mudar o quanto antes”, diz Cássia. Ainda assim, vale dizer que somente um especialista saberá a hora certa de começar o tratamento.

E o desempenho escolar, como fica?

A principal preocupação é com a escrita. Seu filho só vai aprender a escrever direito se conseguir discriminar os sons corretamente – se tem dificuldade de articular o R e o L, vai transferir isso para o papel, por exemplo. Uma fala com problemas também prejudica a comunicação com outras crianças e dificulta a interação social.

Falar errado pode ser uma maneira de chamar a atenção?

Sim. Isso pode ser reflexo de uma situação que a criança está com dificuldade para lidar, como a chegada de um irmão. Se o fonoaudiólogo identificar que a questão é comportamental, pode, por exemplo, dar orientações do que fazer no dia a dia, como não reforçar ou corrigir o erro. Ele também pode indicar uma consulta com um psicólogo.

Como é o tratamento para os problemas de fala?

Primeiro você vai precisar encontrar um fonoaudiólogo (e, pasme, existe um tipo de especialista para cada dificuldade da fala). A terapia, em geral, acontece duas vezes por semana. Nas primeiras sessões, os pais entram junto com a criança para ela ter mais segurança. De qualquer maneira, é importante a sua participação, porque os exercícios feitos com o especialista e as orientações devem ser repetidas em casa. Dependendo do caso, é possível que a criança só vá ao especialista para que ele acompanhe o progresso, e todo o restante do tratamento seja realizado com a sua ajuda.

Qual a melhor maneira de estimular meu filho?

Uma pesquisa da Universidade de Notre Dame (EUA) mostrou que, durante o primeiro ano de vida, os bebês já identificam padrões de sons nas palavras para começar a entender o significado delas. Isso significa que eles treinam a fala muito antes de balbuciar as primeiras sílabas. Por isso, converse sempre com o seu filho (nomeie as partes do corpo na hora do banho, por exemplo) e crie oportunidades para ele falar. Se a criança apontar para algo, diga o nome do objeto antes de atender ao pedido dela. Quando disser algo errado, responda com a maneira correta, sem corrigi-la para não gerar mais insegurança. E nada de falar em “nenenês”. O tatibitate pode atrasar o aprendizado.

Você quer saber...

Chupeta e mamadeira podem interferir no desenvolvimento da fala?

Sim, principalmente se forem usadas depois dos 2 anos, quando os dentes de leite já apareceram. São eles que vão posicionar a língua de uma maneira adequada dentro da boca, e esses produtos alteram toda a estrutura dela. Além do risco de entortar os dentes, a chupeta e a mamadeira podem alterar as musculaturas da língua, dos lábios e das bochechas, que ficam flácidas, e o padrão respiratório, o que, consequentemente, atrapalha a fala.

Freio de língua preso é caso de cirurgia?

Nem sempre. Um bom termômetro é a amamentação. Se o frênulo (ou seja, o freio) for curto demais e atrapalhar a sucção do leite, é provável que ele dificulte a elevação da língua e prejudique a articulação de alguns fonemas mais tarde. A cirurgia é simples e pode ser feita desde os primeiros meses de vida da criança. O médico faz uma incisão, com anestesia local. Bebês fazem o procedimento no próprio consultório do pediatra e, em alguns casos, nem precisam levar pontos. A recuperação é rápida.

Fontes: Anelise Junqueira Bohnen, presidente do Instituto Brasileiro de Fluência; Agência Nacional de Saúde Suplementar; Cássia Telles, fonoaudiologista do Hospital Pequeno Príncipe (PR); Ignês Maia Ribeiro, diretora Educacional do Instituto Brasileiro de Fluência; Ministério da Saúde; Patrícia Junqueira, fonoaudióloga do Hospital e Maternidade São Luiz (SP); Simone Bley, fonoaudióloga audiologista do Centro de Otorrinolaringología Pediátrica de Curitiba; e Sylvio Renan Monteiro de Barros, pediatra da clínica MBA Pediatria e membro da Sociedade Brasileira de Pediatria

Site: Revista Crescer

Por Fernanda Carpegiani

Trocar fonemas: até quando é normal?


Desvios de linguagem acontecem até os 5 anos. Saiba quais sons a criança deve aprender em cada idade


 Falar “elado”, como o personagem Cebolinha, da Turma da Mônica, faz parte do processo de aquisição da linguagem e é normal até os 5 anos, quando os desvios e trocas devem desaparecer completamente. Saiba quando cada som já deve estar sendo pronunciado da forma correta:

Até os 3 anos:
 
/p/ como em pato;

/b/ como em bola;

/t/ como em teto;

/d/ como em dedo;

/k/ como em casa, quero;

/g/ como em gato, gol;

/m/ como em mamãe

/n/ como em nada;

/nh/ como em ninho;

/f/ como em feliz;

/v/ como em vaca.

Até os 4 anos:
 
/s/ como em sapo, céu, escola;

/z/ como em zebra, casa;

/ch/ como em xícara, chuva;

/j/ como em janela, gelo;

/tch/ como em tia

/dj/ como em dia

/r/ como em arara;

/R/ como em rato, carro;

/-R-/ como em porta, amor (dependendo da região).

 Até os 4 anos e 6 meses

Encontros consonantais (planta, prato)

 
Fontes: Anelise Junqueira Bohnen, fonoaudióloga e presidente do Instituto Brasileiro de Fluência, e Ignês Maia Ribeiro, fonoaudióloga e diretora Educacional do Instituto Brasileiro de Fluência – IBF
Site: Revista Crescer
Por Fernanda Carpegiani