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quinta-feira, 6 de junho de 2013

Saúde do idoso




Perda de audição

Estudos revelam que a deficiência auditiva atinge de alguma forma cerca de 70% da população de idosos e fica mais evidente após os 65 anos de idade. Mais de 15 milhões de brasileiros têm problemas de audição, segundo a Organização Mundial de Saúde.
Marcello Casal Jr Perda auditiva ocorre de 5 a 20% em pessoas com 60 anos Ampliar

A deficiência auditiva está muito disseminada como um mal que não tem prevenção, mas alguns cuidados podem controlar o problema. A perda auditiva é provocada por vários fatores, por exemplo, doenças hereditárias, problemas genéticos, enfermidades adquiridas durante a gravidez ou infecções na infância.

O presidente da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia, Marcelo Hueb, afirma que as perdas auditivas podem ser prevenidas com hábitos simples, cultivados desde a infância e juventude.

Um deles é evitar a exposição à poluição sonora. Segundo ele, uma conversa normal entre duas pessoas tem a intensidade de 50 a 60 decibéis, enquanto um aparelho de som emite de 100 até 120 decibéis. O contato constante com esses equipamentos pode levar à falência auditiva. Basta uma exposição diária de cinco a 15 minutos por dia com ruídos na faixa de 120 decibéis para sofrer perda de audição.

O idoso precisa controlar diabetes, colesterol, pressão alta, problemas renais e do sistema circulatório. Tudo isso atrapalha a microcirculação do ouvido, o que é mais um fator de risco para a perda de audição. Ele também deve evitar cigarro, bebida alcoólica e abuso de cafeína, que são substâncias tóxicas ao aparelho auditivo.

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece atendimento para o diagnóstico, tratamento clínico e reabilitação, com fornecimento de aparelho auditivo, acompanhamento e terapia fonoaudiológica. Ao sentir qualquer zumbido no ouvido ou apresentar dificuldade de compreensão das palavras, o idoso deve procurar um médico da área.

O otorrinolaringologista Osmar Mesquita Neto, da Santa Casa de São Paulo, explica que é natural haver uma pequena redução da sensibilidade auditiva a partir dos 60 anos, sobretudo para sons médios e agudos. Segundo ele, o cérebro de uma pessoa mais jovem recebe os sons, interpreta, reconhece e determina quais são mais importantes. Já o da pessoa idosa não consegue determinar o que é importante.

Com a perda das células sensoriais do ouvido, o idoso deixa de ouvir o som fraco e o forte o incomoda, daí a dificuldade de adaptação ao aparelho auditivo. A terapia com fonoaudiólogo pode ajudar a treinar a audição de maneira gradativa e evitar que o idoso desista de tentar entender o que lhe dizem.

“Muitas vezes a família fala com o idoso e ele não entende. Aí, repete em tom muito alto, o que provoca dor no ouvido do idoso e ainda não repete a frase exatamente do jeito que disse inicialmente”, argumenta Osmar Mesquita Neto.

Evitar ambientes muito barulhentos, falar de forma clara e pausada e de frente para a pessoa, facilitando a leitura labial, podem ajudar na inclusão do idoso que sofre perda de audição.

Fontes:
Ministério da Saúde
Associação Brasileira de Otorrinolaringologia

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