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Linguagem: quando é preciso consultar um fonoaudiólogo?

Especialistas explicam quais sinais indicam atrasos na fala A maior parte das crianças começa a falar por volta dos 12 meses....

segunda-feira, 10 de março de 2014

Pais podem prejudicar o aprendizado da fala das crianças

Algumas atitudes dos pais podem atrasar o processo de desenvolvimento da fala das crianças. 



Claro que não é intencional por parte dos adultos, já que as primeiras palavrinhas são mais do que esperadas. Na maioria das vezes, os pais estão apenas tentando ajudar a criança.
Um dos erros mais comum é corrigir a criança quando esta fala uma palavra incorreta ou repetir a palavra errada porque ficou “engraçadinho”.
Se os pais corrigem sempre a palavra errada, a criança pode ficar envergonhada e até irritada por ser constantemente corrigida e não querer falar mais. Já repetindo a palavra errada e achando graça os pais estarão incentivando a criança a continuar a falar errado. O ideal é repetir a palavra corretamente sem corrigir. Se a criança diz “Olha o tatorro”, os pais devem responder enfatizando a palavra correta “Cadê o cachorro? O que o cachorro está fazendo? Que bonito o cachorro!”. Indiretamente ele está ensinando a criança sem ser rígido ou até mesmo grosso.
Trocar o nome de um objeto por um mais fácil achando que ajudará a criança é errado também. Chamar a chupeta de “peta” ou a mamadeira de “Tetê” faz com que a criança tenha que aprender duas palavras para um mesmo objeto, podendo prejudicar e atrasar o desenvolvimento da linguagem.
Dizer “Té o seu bunetu?” em vez de “Quer o seu boneco?”. Isso pode atrasar o desenvolvimento de alguns sons e os pais também estarão incentivando a fala errada.
Diminutivos não são bem vindos para os pequenos que estão começando a falar. Dizendo carrinho para carro ou gatinho para gato os pais estão aumentando a palavra,, dificultando o entendimento e a produção da fala.
Estimule o pequeno a dizer o que ele quer - Um dos artifícios que as crianças usam quando estão começando a desenvolver a fala é o gesto. Aponta para a água quando quer água, para o brinquedo quando quer brincar ou mesmo para a cama quando quer dormir. Se os pais simplesmente executam o desejo da criança não estão criando nela a necessidade de falar. Falar é difícil para quem está começando e, se apontando tem o que quer, porque a criança vai querer falar? Os pais devem falar o que a criança quer antes de realizar o desejo e se a criança já produz alguns sons deixe que tente falar, mesmo que não saia o som correto, depois repita a palavra corretamente e faça o que a criança quer.
Uma das dicas mais importantes é conversar com a criança na sua altura, olho no olho. Abaixe-se e fale com os pequenos assim eles poderão ter um modelo visual, verão os movimentos dos lábios e língua, além do modelo auditivo. Até os três anos a criança pode falar alguns sonzinhos errados, mas todos devem entendê-la. Já aos cinco, a articulação da fala deve estar completa usando muito bem a linguagem.
Qualquer dúvida procure um fonoaudiólogo para uma avaliação da fala e linguagem da criança.
Por Bruno Rodrigues

Fonte Guia do bebê


Os riscos do atraso no diagnóstico de problemas de fala


A fala é uma característica que difere os seres humanos. Qualquer problema relacionado a ela pode dificultar a comunicação e, com o tempo, abalar o emocional da criança e adulto. Portanto, o encaminhamento para o fonoaudiólogo deve ser o mais precoce possível. Mas um grande erro tem ocorrido e trazido prejuízo ao desenvolvimento do pequeno.
A maior parte dos pediatras não encaminha a criança com alteração no desenvolvimento de linguagem no período adequado. Essa é a conclusão do estudo da Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo – USP – e publicada na Revista CEFAC (Atualização Científica em Fonoaudiologia e Educação).
Sabe quais riscos quando os pais demoram a levar os filhos para um diagnóstico preciso? Vejamos. Metade das crianças com um atraso na fala aos 24-30 meses pode apresentar atraso severo entre 3 e 4 anos. Além disso, um distúrbio de aprendizagem pode ser verificado posteriormente no ingresso na escola.
Um atraso no desenvolvimento da fala pode causar mais tarde uma dificuldade no convívio com outras crianças na escolinha, sendo alvo de constrangimentos, já que é percebida pela sua dificuldade. Isso pode gerar apelidos que podem permanecer por muito tempo, gerando prejuízos emocionais até a idade adulta.
A comunicação, isto é, a fala, permite uma maior liberdade, onde a criança planeja e oriente suas ações, expressa seus sentimentos, diminuindo assim sua impulsividade e agressividade.
Os casos mais sérios de alteração de fala principalmente com dificuldade de interação ou patologia mais grave são detectados e encaminhados mais precocemente. Já os distúrbios mais simples e comuns, como um atraso do desenvolvimento da fala ou distúrbio fonológico (omissão ou trocas de fonemas), têm sido encaminhados com 3 anos ou mais, tornando a terapia mais demorada.
Os erros - Os médicos têm a preocupação com a idade em que a criança começa a falar, mas, normalmente, só encaminham quando os pais ou a escola fazem queixa sobre o desenvolvimento da comunicação dos pequenos. E a criança, coitada, sofrerá para lidar com um obstáculo que poderia ter sido detectado com antecedência ou por profissional específico para o assunto.
Um dos motivos para que ocorra atraso na descoberta do problema é a formação dos profissionais médicos, que relataram ao estudo da USP não ter nada específico que abordasse o tema linguagem infantil. Recado para mamãe e papai: saibam diferenciar os profissionais. Um fonoaudiólogo é o mais indicado a conferir o problema de fala.
Mesmo entre os pediatras mais experientes, é comum que a consulta tenha como objetivo a doença e não a preocupação com questões básicas do desenvolvimento da criança, como a fala, que podem ser tão prejudiciais quanto qualquer outro problema de saúde", relata Luciana Paula Maximino, uma das autoras do trabalho e professora do Departamento de Fonoaudiologia.


Por Bruno Rodrigues
Fonte Guia do bebê