A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 10% da população mundial têm perda auditiva. No Brasil, estes estudos não são muito precisos, mas calcula-se que 15 milhões de pessoas sofram com algum grau de surdez.
De
acordo com a fonoaudióloga, especialista em Audiologia e mestre em
Ambiente e Desenvolvimento, Sandra R. Weber, as principais causas de
perda auditiva estão relacionadas à exposição ao ruído, às
doenças metabólicas (principalmente diabetes) e ao envelhecimento.
Também podem ser citados os problemas infecciosos (otites), as
doenças virais, infecto-contagiosas, o uso de medicação ototóxica
(que afeta o sistema auditivo). Alguns problemas são tratados com
medicação, outros com cirurgia, mas a maioria dos problemas
auditivos deverá ser reabilitada com a adaptação de aparelhos
auditivos, esclarece.
Sandra
chama atenção para as novas tecnologias (iPod, mp3, mp4) e os
hábitos sonoros das crianças e adolescentes, que colocam em risco a
saúde de forma geral e a saúde auditiva de forma particular. Por
isso orienta que o mais indicado é menos volume e menos tempo de
exposição, porque o organismo humano não suporta os excessos
praticados.
Orientações
para preservar saúde auditiva
Controlar
a intensidade do ruído e o tempo de exposição não são as únicas
medidas para evitar danos à saúde auditiva.
Na
infância, deve-se investigar a criança que respira pela boca,
ronca, dorme mal, que apresenta infecção das vias aéreas
superiores com frequência. Não amamentar o bebê deitado (o leite
pode escorrer para o ouvido e provocar otites).
Não
introduzir qualquer corpo estranho no canal do ouvido, higienizar com
cuidado, após o banho, muito superficialmente.
Seguir
a prescrição para o uso de qualquer medicação corretamente, não
usar remédios por conta, aderir às campanhas de vacinação,
alimentar-se de forma adequada e equilibrada (cuidado com abuso de
açúcar e gordura; muitas vezes zumbido, sensação de ouvido
fechado ou tontura anunciam um problema metabólico).
Uma
vez percebido algum sintoma auditivo, deve-se procurar o profissional
de saúde auditiva, o mais precocemente possível.
Por
Sandra R. Weber
Fonte:
Jornal o Alto Taquari
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